Jorge Wagner é um dos destaques do time treinado por Nelsinho Baptista, que ganhou o direito de estar no torneio em casa após a conquista do título japonês no último sábado. A equipe abre o Mundial na quinta, às 8h45m (de Brasília), contra o Auckland City, da Nova Zelândia, em Toyota.
Os últimos dias foram movimentados para o Kashiwa. A decisão da J-League aconteceu somente na rodada final e a equipe de Nelsinho terminou com um ponto na frente do Nagoya Grampus. Segundo Jorge Wagner, o contato palmeirense surgiu no meio da reta final, o que impediu qualquer "conversa séria".
- Houve contato da diretoria do Palmeiras com meus empresários há pouco tempo. Eles me passaram essa informação. Mas minha resposta foi que como eu estava envolvido na reta final da J-League e agora com o Mundial não ia ter cabeça para pensar nisso. Mas no final do ano poderia ter uma conversa mais séria com eles - disse o meia no saguão do hotel onde o Kashiwa está hospedado, na cidade de Anjo (a cerca de 30 minutos de Toyota).
Aos 33 anos, Jorge teve outras duas passagens pelo exterior. Em 2003, foi negociado pelo Cruzeiro com o Lokomotiv de Moscou, da Rússia. Depois, seguiu para o Betis, da Espanha, em 2006. Apesar da proposta palmeirense, o meia garante que não pretende deixar o Japão antes do término do contrato, em dezembro de 2012.
- Sempre que estava fora havia especulações com o meu nome. Fiquei pouco tempo na Espanha. Agora está sendo diferente aqui no Japão. Os brasileiros do clube me deixaram bem à vontade, me entrosei rápido com o grupo, os japoneses me acolheram bem, estou mais maduro, a família está bem adaptada... Meu pensamento é permanecer no Japão.
Não é só o Palmeiras que anda atrás de Jorge Wagner: o Bahia, seu primeiro clube, também teria procurado os agentes do atleta.
- Meus empresários são de Salvador, então sempre tem conversa com o Bahia. A diretoria sempre está em contato com eles e dá uma sondada (risos). Sempre falei que sou Bahia, é o clube onde eu me profissionalizei e teho muito carinho por ele.
Por ser o representante do país-sede do Mundial, o Kashiwa tem que percorrer o maior caminho para chegar à final. Primeiro, o playoff contra o Auckland. Se passar, o rival será o Monterrey, do México, domingo. Em seguida, semifinal com o Santos. Vencendo, a decisão será no dia 18, em Yokohama, contra Barcelona, Al Sadd ou Esperánce. É uma missão difícil, mas Jorge Wagner sonha.
- O Barcelona é o time que está em evidência, tem grandes jogadores. Messi, Xavi, Iniesta... Acho que seria o auge da carreira de um jogador.
Quando estava no São Paulo, o meia viu Neymar dar os primeiros passos no Santos. Agora, há a possibilidade de um reencontro em Toyota.
- Tive vários confrontos com ele, peguei seu início em 2009. Quando ele começou a despontar a gente já sentia que seria um grande jogador. Falam muito dele aqui. Japonês está acompanhando tudo agora (risos).
Fonte: Globo Esporte
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